quarta-feira, 28 de junho de 2017

Aprovada LDO com meta de receita de R$ 280 milhões para 2018

Marcos da Luz criticou clara intenção do governo em aumentar impostos

O Projeto de Lei nº 2.811/2017, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária de 2018, de autoria do Executivo Municipal (LDO), foi aprovado em primeira votação, na tarde desta terça-feira (27), durante sessão extraordinária da Câmara Municipal.
          A LDO tem como objetivo estabelecer as diretrizes, prioridades e metas da administração municipal, orientando a elaboração da proposta orçamentária de cada exercício financeiro. Acompanha a LDO o Anexo de Metas e Riscos Fiscais. A receita total prevista na peça para 2018 é de R$ 280 milhões.
Liderada por Marcos da Luz (PT), a oposição apresentou oito emendas ao projeto. Sob a pressão de membros do primeiro escalão do governo e ocupantes de cargos comissionados que encheram o plenário, inclusive o vice-prefeito José Gregório (PMDB), os integrantes da base governista - ampla maioria - optaram por derrubar todas as emendas.
Apenas uma subemenda acordada entre os vereadores foi aprovada, suprimindo um dos itens que tratava de aumento de alíquota para cobrança de tributos. No entanto, os demais trechos da matéria que tratam do mesmo tema foram mantidos, com a rejeição das emendas que visavam suprimir todos os dispositivos da LDO que preveem aumento da carga tributária através do PMAT, como nos casos do IPTU, ISS, ITBI e taxas municipais.
            Este foi um dos assuntos mais discutidos pelo parlamentar Marcos da Luz, reforçando sua luta contra o aumento de impostos no município: “é escorchante a atual carga tributária, não sendo justo aumentar ainda mais os impostos municipais neste momento em que os cidadãos passam por grande dificuldade econômica e veem a ausência de serviços públicos básicos em nossa cidade”, enfatizou.
                       
Suplementação
O vereador ainda pediu, sem êxito, a supressão de dispositivo da LDO que prevê transposição, remanejamento ou transferência de dotação orçamentária por decreto. “O mecanismo depende, obrigatoriamente, de lei específica, não podendo jamais ocorrer através de decreto do Poder Executivo, conforme reiteradas decisões do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais”.
            Quanto ao índice, a bancada defendeu a redução para 10% do limite para a abertura de créditos adicionais suplementares sobre o total do orçamento 2018. Com a derrubada da emenda, foi mantido 30% para livre suplementação, conforme previsto no PL. Segundo Marcos da Luz, o Tribunal de Contas do Estado entende os 30% como abusivo, excessivo e dessarazoável, e que vai recursar junto ao órgão auxiliar de controle externo.
                       
Data-Base
Os petistas também defenderam a fixação da data-base em 1º de Março e o reajuste anual para os servidores públicos no mínimo pelo INPC. Bem como, que novas admissões ou contratações de pessoal sejam somente através de Concurso Público (para cargo efetivo) ou mediante Processo Seletivo Público (para cargo temporário). Propostas também rejeitadas pela base do prefeito.
                                   
Invasão de competência
Os vereadores do PT ainda tentaram alterar a redação do artigo que diz respeito à limitação de empenho e de movimentação financeira no Orçamento da Câmara. “Com o aval de uma maioria subserviente, o Executivo quer impor esta limitação no Legislativo, sendo que o repasse do duodécimo está definido no artigo 29-A da Constituição Federal, não podendo haver contingenciamento, o que também fere o princípio da ‘separação dos poderes’ e coloca em risco aprovação das contas municipais”, assevera Marcos da Luz.
Por fim, eles também propuseram que seja destinado, no mínimo, 1% das receitas correntes do município para aplicação no Esporte, em consonância com o disposto na Lei Orgânica, ficando assegurado também o apoio financeiro anual à Banda de Música da Corporação Nossa Senhora Auxiliadora, na forma da Lei, igualmente rejeitado pelos vereadores alinhados ao pensamento da Administração Municipal, “o que é lamentável”, diz o parlamentar.

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