sexta-feira, 14 de julho de 2017

Mobilização pelo “encontro de contas” entre Minas e a União

Muito oportuna e providencial a manifestação do ilustre Prof. Tiago Anildo, Procurador do Estado, em carta aberta aos políticos do Vale do Aço, publicada no DIÁRIO DO AÇO desta terça-feira, dia 11/07/17, página 2.
Por minha iniciativa, à noite, a Câmara Municipal de Coronel Fabriciano aprovou o Requerimento nº 105/17, protocolado na semana anterior, no qual prevê a realização de uma Audiência Pública regional, em parceria com a Comissão Extraordinária de Acertos de Contas entre Minas e a União, da Assembleia Legislativa.
Na mesma linha de raciocínio do signatário, o objetivo desta Audiência – em data a ser agendada – é debater e mobilizar a sociedade sobre a necessidade do acerto de contas entre o Estado e a União, analisando o impacto da perda da receita tributária ocasionada pela desoneração do ICMS promovida pela Lei Kandir (LC 87/96).
Tramita na Câmara dos Deputados o PLC 221/98 que busca regular a forma de compensação pelas desonerações nas exportações. Em novembro do ano passado, na ADIn Por Omissão nº 25, o STF deu um prazo de um ano para que o Congresso aprove a legislação. Caso contrário, caberá ao Tribunal de Contas da União estabelecer as regras para o ressarcimento.
Contudo, é fundamental ampliar a pressão dos municípios e estados por um acerto de contas com a União para que o governo federal aceite colocar no papel os débitos e créditos devidos a cada um dos entes. Segundo cálculos, Minas Gerais teria a receber R$ 135 bilhões do governo federal, valor que deixou de arrecadar durante 20 anos sem a cobrança do ICMS nas exportações de produtos primários, industrializados, semielaborados e de serviços. Em contrapartida, a dívida seria de R$ 88 bilhões.
Deste crédito, por força constitucional, 25% pertencem aos municípios (R$ 33 bilhões). Por isso a importância de que prefeitos e vereadores entrem nessa mobilização. O “encontro de contas” entre Minas e a União pode recompor em parte o pacto federativo e restabelecer a saúde financeira das cidades e do Estado.
Conforme quadro abaixo, os municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço e Colar Metropolitano têm mais de R$ 1,6 bi a receber.
Município
 Valor
Açucena
 R$            8.667.766,81
Antônio Dias
 R$         24.585.139,50
Belo Oriente
 R$       147.603.348,77
Braúnas
 R$         11.410.243,34
Bugre
 R$            5.217.759,37
Coronel Fabriciano
 R$         59.185.361,34
Córrego Novo
 R$            5.711.801,54
Dionísio
 R$         10.034.325,28
Dom Cavati
 R$            5.978.477,88
Entre Folhas
 R$            6.083.985,36
Iapu
 R$            7.752.025,96
Ipaba
 R$            8.333.662,77
Ipatinga
 R$       900.799.783,67
Jaguaraçu
 R$            6.623.001,15
Joanésia
 R$            7.151.504,80
Marliéria
 R$         12.143.214,72
Mesquita
 R$            9.422.809,67
Naque
 R$            6.107.901,99
Periquito
 R$            7.904.700,30
Pingo D'Água
 R$            5.522.252,33
Santana do Paraíso
 R$         32.388.510,97
São João do Oriente
 R$            6.843.500,10
São José do Goiabal
 R$            6.989.005,05
Sobrália
 R$            5.256.335,36
Timóteo
 R$       300.053.872,60
Vargem Alegre
 R$            6.430.948,03
Total
 R$   1.614.201.238,66
Fonte: ALMG

Com estes recursos em caixa, nossas prefeituras poderão investir mais em educação, saúde, saneamento básico e segurança pública. Esta luta é de todos. Participe desse movimento! #AcertoDeContasJá

Vereador Marcos da Luz – Cel. Fabriciano/MG

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