Muito oportuna e providencial a manifestação do ilustre Prof. Tiago Anildo, Procurador do Estado, em carta aberta aos políticos do Vale do Aço, publicada no DIÁRIO DO AÇO desta terça-feira, dia 11/07/17, página 2.
Por minha iniciativa, à noite, a Câmara Municipal de Coronel Fabriciano aprovou o Requerimento nº 105/17, protocolado na semana anterior, no qual prevê a realização de uma Audiência Pública regional, em parceria com a Comissão Extraordinária de Acertos de Contas entre Minas e a União, da Assembleia Legislativa.
Na mesma linha de raciocínio do signatário, o objetivo desta Audiência – em data a ser agendada – é debater e mobilizar a sociedade sobre a necessidade do acerto de contas entre o Estado e a União, analisando o impacto da perda da receita tributária ocasionada pela desoneração do ICMS promovida pela Lei Kandir (LC 87/96).
Tramita na Câmara dos Deputados o PLC 221/98 que busca regular a forma de compensação pelas desonerações nas exportações. Em novembro do ano passado, na ADIn Por Omissão nº 25, o STF deu um prazo de um ano para que o Congresso aprove a legislação. Caso contrário, caberá ao Tribunal de Contas da União estabelecer as regras para o ressarcimento.
Contudo, é fundamental ampliar a pressão dos municípios e estados por um acerto de contas com a União para que o governo federal aceite colocar no papel os débitos e créditos devidos a cada um dos entes. Segundo cálculos, Minas Gerais teria a receber R$ 135 bilhões do governo federal, valor que deixou de arrecadar durante 20 anos sem a cobrança do ICMS nas exportações de produtos primários, industrializados, semielaborados e de serviços. Em contrapartida, a dívida seria de R$ 88 bilhões.
Deste crédito, por força constitucional, 25% pertencem aos municípios (R$ 33 bilhões). Por isso a importância de que prefeitos e vereadores entrem nessa mobilização. O “encontro de contas” entre Minas e a União pode recompor em parte o pacto federativo e restabelecer a saúde financeira das cidades e do Estado.
Conforme quadro abaixo, os municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço e Colar Metropolitano têm mais de R$ 1,6 bi a receber.
Município
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Valor
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Açucena
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R$ 8.667.766,81
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Antônio Dias
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R$ 24.585.139,50
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Belo Oriente
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R$ 147.603.348,77
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Braúnas
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R$ 11.410.243,34
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Bugre
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R$ 5.217.759,37
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Coronel Fabriciano
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R$ 59.185.361,34
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Córrego Novo
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R$ 5.711.801,54
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Dionísio
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R$ 10.034.325,28
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Dom Cavati
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R$ 5.978.477,88
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Entre Folhas
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R$ 6.083.985,36
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Iapu
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R$ 7.752.025,96
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Ipaba
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R$ 8.333.662,77
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Ipatinga
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R$ 900.799.783,67
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Jaguaraçu
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R$ 6.623.001,15
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Joanésia
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R$ 7.151.504,80
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Marliéria
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R$ 12.143.214,72
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Mesquita
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R$ 9.422.809,67
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Naque
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R$ 6.107.901,99
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Periquito
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R$ 7.904.700,30
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Pingo D'Água
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R$ 5.522.252,33
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Santana do Paraíso
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R$ 32.388.510,97
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São João do Oriente
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R$ 6.843.500,10
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São José do Goiabal
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R$ 6.989.005,05
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Sobrália
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R$ 5.256.335,36
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Timóteo
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R$ 300.053.872,60
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Vargem Alegre
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R$ 6.430.948,03
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Total
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R$ 1.614.201.238,66
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Fonte: ALMG
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Com estes recursos em caixa, nossas prefeituras poderão investir mais em educação, saúde, saneamento básico e segurança pública. Esta luta é de todos. Participe desse movimento! #AcertoDeContasJá
Vereador Marcos da Luz – Cel. Fabriciano/MG
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