sexta-feira, 13 de outubro de 2017

PMCF adere à contratação de frota de veículos de mais de R$ 1 milhão


O vereador Marcos da Luz (PT) criticou ontem a decisão da Administração Municipal de Coronel Fabriciano em aderir à Ata de Registro de Preços nº 038/2017 da Prefeitura de Timóteo, ao custo total de R$ 1.081.767, para contratação de frota veicular. O aviso de intenção foi publicado na edição n° 626 do Diário Oficial, na última segunda-feira (9).
O fornecedor contratado é a Sudeste Brasil Cooperativa de Transporte, de Belo Horizonte, que a partir de agora será a responsável pela terceirização do serviço de transporte também da Prefeitura de Fabriciano. Ao todo, estão relacionados 120 veículos, incluindo dois “carros blindados” tipo sedan executivo, para atender o gabinete do prefeito.
A licitação realizada em Timóteo no mês de junho foi polêmica, com repercussão na imprensa regional. “A PMCF quer importar este contrato, mas não tem o nosso aval. É um contrato vultuoso, com um valor exorbitante de mais de R$ 1 milhão, substituindo praticamente toda a frota própria e acrescentando estes dois automóveis blindados, sem nenhuma justificativa”, enfatizou Marcos da Luz.
Ele afirmou a Prefeitura tem uma frota relativamente nova de veículos, como ambulâncias e ônibus escolares, e que há suspeitas de que esteja sendo sucateada para justificar esta terceirização. Ele salientou que está estudando a Ata de Registro de Preços e possibilidades de denunciar juridicamente a adesão feita pela Prefeitura de Coronel Fabriciano.
Desemprego
Outra questão levantada pelo vereador é o prejuízo à economia local. Segundo ele, a adesão ao contrato com a empresa de BH impede a participação dos microempreendedores e pequenos prestadores de serviço da cidade. “São pais de família que alugam seus veículos e prestam serviços de locomoção que serão penalizados, perdendo o emprego e a renda”, disse.
“Seria mesmo necessário essa adesão? Eles precisam justificar este gasto, demonstrando o custo-benefício. A cidade já sofre com alta taxa de desemprego e agora vem a Prefeitura, que deveria estimular o negócio local, e opta por uma empresa de fora, retirando a chance dos trabalhadores e empresas locais de participarem da concorrência”, completa.

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