quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

“Eu vou andando a pé pela cidade...”


Há 25 anos atrás a baiana Daniela Mercury lançava o sucesso “O Canto da Cidade”, que entoava a força do gueto, da periferia, da rua, da fé. Na juventude precoce, nas ruas de lazer do Cosmo’s na Maria Matos, a gente ouvia aquele axé com alegria e esperança.

Passado este tempo, as pautas continuam muito vivas, nas lutas por uma sociedade melhor, menos injusta e mais inclusiva. Pela ocupação dos espaços urbanos, das vilas, das praças e das ruas. Pela inserção social dos menos favorecidos e pelo empoderamento dos cidadãos.

A data em que se comemoram os 68 anos de emancipação do nosso município de Coronel Fabriciano é um momento oportuno para esta reflexão. O novo governo municipal vem, naturalmente, carregado destas e de outras expectativas.

A crise econômica que o Brasil e o mundo atravessam, traz, para as cidades, perspectivas muito desafiadoras. Neste contexto, onde o município sofre o maior impacto, é preciso fazer mais com menos, ou com os mesmos recursos, aliando transparência e participação popular para atender os compromissos assumidos na eleição. 

Mas a máquina precisa ser forte, para executar boas e eficazes políticas públicas. Seu esvaziamento, numa lógica de Estado mínimo, significa a redução dos serviços na ponta (saúde, educação e assistência social), onde o cidadão mais carece da presença forte do poder público.

É o mesmo que dizer: que o cidadão vá buscar bem-estar social na iniciativa privada; o mercado é a solução de tudo. E quem não tem acesso aos bens de consumo? Não tem poder aquisitivo? Não tem um plano de saúde ou condições de estudar o filho na rede particular? É o Estado que precisa guarnecer estes cidadãos.

O paradigma gerencialista, sob a inspiração da modernidade na gestão pública, ao estilo "governança corporativa", de nada adiantará se o cidadão não for o cerne da questão. Não resolverá o problema das angústias sociais e econômicas da cidade. 

Na Câmara Municipal, continuaremos cumprindo com firmeza o nosso dever-poder, preceituado na Carta Magna. Uma atuação séria, responsável e propositiva. Antes, fiscalizadora, função inerente ao parlamento, cobrando de forma contundente tudo aquilo que foi prometido aos eleitores durante a campanha.

Torcemos para que a nova gestão traga bons tempos, conduzindo com sucesso seus planos e programas, implementando uma política de crescimento e desenvolvimento. Que a alternância de poder seja benéfica, para a democracia e para o conjunto dos cidadãos! 

Parabéns, Fabriciano pelos 68 anos! 

2 comentários:

  1. Parabéns pela boa reflexao sobre os nossos dias e o momento que vive a nossa cidade no contexto Brasil.

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  2. Bom dia nobre Vereador Marcos da Luz (Marquinhos), tive o cuidado em ler tudo que você publicou ficou excelente, principalmente no que diz respeito ao esvaziamento dos serviços ofertados ao cidadão com uma queda considerada, em alguns setores de extrema necesstécnica e conhecimento de técnica. Por hoje quero aproveitar este espaço em seu blog, e também congratular-me com todos cidadäos Fabricianenses, e nós parabenizarmos por esta data de aniversário dos 68 anos de Fabri!

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